De olho nas velas
Aquela rateada, engasgo ou a partida difícil do motor muitas vezes nada têm a ver com a bateria, qualidade da gasolina ou temperatura. São falhas que podem estar ligadas aos cabos das velas e às velas, componentes que muita gente esquece de cuidar, mas que são fundamentais para o bom funcionamento do motor.
Os cabos levam uma corrente elétrica altíssima da bobina para a vela, que, por sua vez, gera a centelha que inicia a combustão do combustível dentro do motor. Se o cabo estiver ressecado, há perda de corrente e a vela passa a não funcionar direito. Sujeira no terminal dos cabos também prejudica seu funcionamento.
Se a peça não funciona corretamente, outros componentes podem apresentar problema. O lado bom é que tais sinais ajudam a diagnosticar defeitos no motor. Desde falha na injeção, passagem de óleo para os cilindros até válvulas defeituosas.
Indicações também de que você precisa tocar de posto urgentemente – combustível adulterado é a principal causa de superaquecimento e carbonização das velas. Porém, preste atenção: filtros de ar sujos e bicos injetores bichados também causam danos.
É importante trocar as velas dentro dos prazos recomendados no manual do proprietário e não comprar peças falsificadas, que têm qualidade inferior às originais. O ideal é avaliar visualmente as velas a cada 15 mil km ou anualmente. É simples. Se a aparência da peça não estiver íntegra como na foto acima, há algum problema.
Sintomas iguais ou parecidos se aplicam a diferentes problemas. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito por um mecânico de confiança ou na concessionária autorizada.
FIQUE ATENTO
No inverno, carros flex podem ter dificuldade para pegar por outro motivo: a gasolina do tanquinho de partida a frio. O combustível passou a primavera, o verão e o outono sem uso e agora está oxidado e denso para ser injetado em dias frios. Gasolina aditivada e de alta octanagem, que têm antioxidantes e validades maiores, são opções mais adequadas para o tanquinho.
Fonte: Car and Driver Brasil