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Ficar com o veículo parado em D pode desgastar as embreagens do câmbio DSG?

Se o pedal de freio estiver acionado, não. Se for numa subida e você segurar o carro no acelerador, talvez.

Câmbio DSG do Fusca 2.0 TSI

Câmbio DSG do Fusca 2.0 TSI

Ficar com o veículo parado na posição D pode gerar desgaste prematuro para as tão caras embreagens do câmbio DSG?

Teoricamente, não. Os modelos com o câmbio DSG (Direct Shift Gearbox, em inglês) são projetados para ser utilizados nas mesmas condições de trânsito que um veículo com transmissão automática com conversor de torque. No caso da transmissão DSG, no momento em que o motorista pisar no pedal de freio e o veículo parar, as embreagens da transmissão vão se abrir e interromper a transferência de torque para a roda. Quando o motorista aliviar o pé do freio, a embreagem é acoplada instantaneamente e se reinicia a transmissão de força para as engrenagens.

Apesar do desempenho elogiado, as transmissões de dupla embreagem DSG (do grupo VW) e Powershift (da Ford) são alvos de reclamações sobre ruídos, mal-funcionamento e até quebras. Para especialistas, porém, os problemas relativos ao uso não estão relacionados ao fato de o veículo ficar parado em D, e sim ao uso severo, como acelerações bruscas e o ato de segurar o carro na subida só no acelerador, sem o acionamento do freio.

Sobre possíveis falhas de projeto e construção, o assunto torna-se mais nebuloso. Com exceção do ruído ocasionalmente elevado nas transmissões DSG lubrificadas a seco (chamadas de DSG-7 e presentes no Golf 1.4 TSI importado e Audi A1, entre outros) em trânsito lento, considerado uma característica de projeto pela própria VW, a marca não confirma a incidência de falhas em seu câmbio. A Ford, por seu lado, afirmou recentemente que os problemas de trepidação do Powershift podem ser resultado da contaminação de uma das embreagens por fluído de transmissão. Para remediar a falha, a marca passou a adotar um novo vedador da transmissão em veículos zero km. Já os modelos usados e afetados pelo problema começaram a receber uma nova embreagem gratuitamente, mesmo estando fora da garantia.

Outro fator que pode gerar problemas é o fato de os câmbios de dupla embreagem não terem um plano de manutenção programada até o final de sua vida útil (estimada em mais de 200.000 km), como ocorre com uma embreagem tradicional. Com isso, o fornecimento das peças de reposição se torna não regra, mas exceção. Os componentes de reposição são cativos, ou seja, são encontrados principalmente na rede de concessionários da marca. É preciso ter ferramental específico, equipamentos eletrônicos dedicados para essa tecnologia e mão de obra especializada – e tudo isso acaba dificultando a manutenção e aumentando os custos em caso de defeito.

Fonte: quatrorodas.abril.com.br

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