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Mito ou verdade: ‘Motor flex vicia no combustível usado por mais tempo’

Mito ou verdade: carro flex pode viciar em um combustível? Coluna Oficina do G1 explica

Antes de tudo, vamos entender como o motor flex administra essa história de uma hora usar gasolina e outra hora, álcool. Ele possui um sensor chamado “sensor lambda”, também conhecido como sensor de oxigênio. É o “cara” responsável por informar ao módulo de injeção de combustível se a mistura está rica ou pobre. Se tem mais combustível do que ar, a mistura está rica. Do contrário, pobre.

Após receber esta informação, o modulo da injeção faz as contas e corrige a quantidade de combustível a ser injetada para que ocorra uma queima completa, a famosa relação estequiométrica.

Quando o tanque está apenas com gasolina (nunca acontece porque tem 27% álcool na gasolina – antes, eram 22%, mas a mistura mudou em 2015), a relação ideal é de 13,1 partes de ar para uma parte de gasolina. No etanol, são 9 partes de ar para uma parte de álcool. Então, não precisa se preocupar: pode utilizar por um longo tempo qualquer dos combustíveis que o módulo da injeção eletrônica estará sempre pronto para corrigir a mistura e o ponto de ignição, caso você mude de combustível.

Na prática, é diferente

Na teoria funciona assim, mas, na prática, todo mundo sabe que temos alguns problemas relacionados com a qualidade dos nossos combustíveis.

Por exemplo, o etanol adulterado produz uma goma, melado de açúcar, parecido com aquele açúcar queimado que fica no fundo da panela de pudim. Quando esse melado endurece, faz um estrago nos bicos injetores, nas roscas das velas, na boia de combustível, na bomba de combustível e no filtro de combustível.

A gasolina adulterada é ainda pior, pois a adulteração é feita com vários produtos químicos agressivos, como solventes, que provocam danos em retentores e anéis vedadores, bomba de combustível, boia do tanque, velas, entre outros.

Então, é VERDADE: manter sempre um mesmo combustível pode gerar problemas a longo prazo, não por causa do carro, mas sim pelas adulterações nos combustíveis.

Como ‘driblar’
Mude o combustível a cada 4 ou 5 tanques. Utilize com mais frequência aquele que mais lhe agrada em custo ou desempenho, e depois ponha um tanque cheio do outro combustível. Isso porque a gasolina costuma limpar a maioria das impurezas do etanol e o etanol, por sua vez, também age de forma adstringente na maioria das impurezas contidas na gasolina.

Fonte: g1.globo.com/carros

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